Por: Patricia Levy
Desde os ataques do Hamas em 7/10, a cultura do estupro passou, dia após dia, a ser normalizada. Essa prática acontece aos olhos de todos, e reflete a estrutura patriarcal constituída ao longo dos séculos, no qual a mulher era vista como objeto de desejo, pertencente ao homem e sem direitos. Apesar de muita coisa ter mudado ao longo das últimas décadas, o machismo estrutural ainda é muito presente.
Em um posicionamento recente, a ONU se recusou a incluir o grupo terrorista Hamas na lista de organizações acusadas de cometer atos de violência sexual, ainda que tenha divulgado um relatório com resultado alarmante. Mais de 3.600 casos de estupro registrados entre guerras em 2023: um salto de mais de 50% na comparação anual. O documento abrange ocorrências no Sudão, Ucrânia, Haiti, Mianmar, República Democrática do Congo, Israel e Gaza.