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14 de maio de 1948

Por: Moacyr Scliar z’l’




Eu era um garoto de apenas 11 anos. Na noite de 14 de maio de 1948, caminhava pelas ruas do Bom Fim, o bairro judaico da cidade de Porto Alegre. Lugar tranquilo, de casas modestas. Àquela hora, 10 da noite, tudo deveria estar em silêncio. Mas não estava. Pelas janelas abertas, via pessoas cantando e dançando, pessoas se abraçando, pessoas soltando brados de alegria. Não era para menos: naquele dia, havia sido proclamado o Estado de Israel. E uma explosão de júbilo percorreu as comunidades judaicas do mundo inteiro.


A criação de Israel correspondeu a uma aspiração histórica. Quase 2 mil anos antes, ao final de uma fracassada rebelião contra o Império Romano, os judeus que habitavam a Palestina foram levados para Roma como escravos ou forçados a deixar a terra de seus antepassados. Diáspora. E não era a primeira. Tragédia parecida já havia ocorrido no século 6 antes de Cristo – a deportação de Jerusalém para a Babilônia, também resultado de uma derrota militar.

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